segunda-feira, 10 de junho de 2013

Wasabi X Rais Forte

DUELO RADICAL
Wasabi
Eutrema japonica
- A variedade mais cobiçada é cultivada em lagos de água fria nas encostas montanhosas do Japão
- A raiz intacta não tem cheiro – o sabor é suave, levemente pungente e a cor verde-clara
- No Japão, a raiz é ralada na hora da refeição em ralador de pele de tubarão
- As folhas e flores rendem uma conserva com borra de saquê
Raiz-forte
Armoracia rusticana
- É cultivada na terra. Por aqui ainda custa caro por ter poucos produtores. Um deles, Luis Yano, em Mogi das Cruzes, já aumentou a produção
- A raiz intacta também não tem cheiro. Precisa ser cortada ou ralada
- O ideal é usar ralador de cerâmica para não acelerar a oxidação (as raspas enegrecem rapidamente)
- Apenas a raiz se aproveita
NA PRATELEIRA
Em pó
A etiqueta em português não deixa claro se o pó é de wasabi ou raiz-forte: menciona os dois ingredientes, além de mostarda e amido. Para completar, o produto é coreano, não japonês.
No tubo
Apesar da praticidade e do nome, a pasta pronta japonesa não leva wasabi. É feita com raiz-forte, curcuma, goma xantana, corantes e outros ingredientes.
Wasabi ou raiz-forte?
Nenhum dos dois.  Este ‘wasabi’ em pó, importado do Japão, é na verdade uma mistura de raiz-forte, mostarda, amido de milho, aromatizante, corante e ácido ascórbico.


O wasabi (Eutrema wasabi) natural do Oriente e cultivado no Japão e parte da China, tem um leve tom esverdeado e sabor mais sutil que a raiz-forte. O wasabi confere complexidade de sabor, enquanto a raiz forte dá mais picância. A pasta do wasabi fresca é picante, porém muito mais suave que a raiz-forte, e ligeiramente fibrosa. E o preço é alto: mesmo no Japão, poucos restaurantes oferecem o wasabi in natura. O de melhor qualidade chega a custar 2 mil ienes cada raiz, quase R$ 40. Ou mais, dependendo da região em que foi plantado, da época do ano e do tamanho.

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