Todos amam as batatas da Pringles! Certo? Errado. Ela tem gosto de batata frita, cara de batata frita, mas aos alhos da lei, ela é um biscoito. No máximo, uma espécie de salgado de batata. O que a gente ama, não é batata...
Quem mais comemorou a mudança foi a Procter&Gamble (P&G), a dona da marca, que nasceu como Pringle's Newfangled Potato Chips há quatro décadas. Inadmissível para um produto ícone? Não necessariamente. A fabricante não só gostou da ideia como a defendeu com unhas e dentes. "Ela é totalmente diferente de um batata frita", tem repetido incansavelmente Richard Cordara, advogado da empresa.
Em jogo estava uma peculiaridade da lei britânica. A empresa queria, e conseguiu, ver seu produto ser classificada como um alimento e não como um supérfluo, já que possui apenas 42% de batata em sua formação, o resto é composto por trigo, farinha de milho, gorduras e outros componentes de sabor. Inclusive, em testes feitos pela PROTESTE no ano passado, foi encontrada gorduras trans na "batata". O Rótulo deixa claro que o produto é livre dessa gordura.
Para a Procter, a decisão era fundamental. Com isso, ela deixa de pagar 17,5% de imposto sobre as vendas na Inglaterra e passa a ter alíquota zero. O protesto da fabricante já havia até ganhado outros mercados. Em países como Chile e Venezuela, a companhia tem conseguido, silenciosamente e dentro da lei, ser inserida em categorias em que a mordida no caixa é menor. É uma forma de engordar a receita bruta sem vender uma "não-batatinha" a mais.
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