No mês passado saiu uma reportagem no Huffington Post Brasil sobre as explicações de psicólogos a respeito dos benefícios pessoais de se assar pães, bolos e biscoitos para outras pessoas, assunto deveras interessante e, de uma certa maneira, identificável em muitas pessoas que entram na área da gastronomia.
Fonte: bakewithzing.com |
A reportagem começa falando sobre a relação entre o cozinhar/assar bolos e biscoitos com o fato de, desta maneira, dar-se vazão à criatividade e como ela [criatividade] está relacionada à redução de estresse e aumento da sensação de bem estar, além de se inserir uma carga expressão puramente humana quando se prepara algo para dar à outra pessoa, ainda mais quando um presente em forma de alimento; o quanto esse gesto fica carregado de explicações quando não se consegue expressar sentimentos em palavras.
Julie Ohana, uma das psicólogas entrevistadas, coloca:
Fonte: cookingpanda.com |
"Em muitas sociedades, em muitos países, a comida realmente representa uma expressão de amor. Isso é belo, porque é algo que todos podemos entender. Acho que pode chegar a ser pouco sadio se a comida tomar o lugar da comunicação no sentido tradicional, mas, se ela é oferecida lado a lado com palavras, é uma coisa positiva e maravilhosa."
O ato de assar para os outros também se encaixa na meditação e mindfulness, atividades que trazem não apenas felicidade, mas também a já citada redução de estresse: já que quando se prepara um bolo ou biscoito deve-se prestar atenção plenamente ao que se está fazendo, a pessoa fica presente apenas no que está criando, notando os seus sabores e aromas, concentrando sua atenção no momento presente e, possivelmente, reduzindo o estresse, diz Donna Pincus.
O interessante é que a ideia, de que cozinhar é um ato de terapia, ganha mais espaço, juntamente com a terapia artística, já que ambas são terapias que envolver a ativação comportamental. E Ohana fala:
Fonte: buzzfeed.com |
"[...] preparar bolos é uma maneira muito boa de desenvolver aquela consciência equilibrada do momento e do contexto mais amplo."
O que vai de acordo com Pincus, quando coloca que, ao fazer as receitas, ao dispor-se a cozinhar, sua consciência está voltada para o aqui e agora, ao invés de remoer pensamentos, o que conduz à depressão e pensamentos tristes. Ao contrário, está-se fazendo algo produtivo e que, no final, há um resultado realmente concreto não apenas para quem está produzindo, mas também para quem se está produzindo.
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